Esta série aberta – em constante construção, pelo menos por enquanto – é mais uma vez inspirada no oceano, no mar e na vida marítima em geral. Para além das suas musas habituais – os poríferos, corais e outros animais ou plantas aquáticas – desta vez o plástico também entra na equação. Tornou-se infelizmente impossível falar do mar sem falar de poluição, e os seus passeios inspiradores pela praia – nos quais colecionava conchas e ideias – tornaram-se recolhas do plástico e do lixo em geral que indiscutivelmente fazem parte do cenário. Nesta série que poderá apelar à consciência ecológica, a linguagem estética conjuga referências tanto orgânicas como artificiais. Gradualmente, abdicando do seu protagonismo exclusivo, a cerâmica mistura-se com todo o tipo de materiais encontrados. Numa parafernália de conchas, penas e materiais poluentes, a cerâmica ergue-se para uma dimensão nova e totalmente diferente.